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Jamais

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23
Set09

O nojo

Maria João Marques

É conveniente que seja dito claramente: esta campanha eleitoral do PS tem sido um nojo. São as mentiras deliberadas afirmando-se que o PSD propõe o que efectivamente o PSD não propõe. São os constantes ataques pessoais à líder do PSD (com os expoentes de má educação nos Soares pai e filho e no inestimável Junqueiro). É a acusação de maledicência e bota-abaixismo por quem se tem recusado a falar desta legislatura (de tão bem sucedida que foi) e a próxima para atacar apenas a oposição. Sobretudo são as repetidas associações abjectas entre o PSD e Manuela Ferreira Leite e o Estado Novo e Salazar.

 

Eu nasci em 1974 e já não tenho nenhuma questão por resolver com a história portuguesa do sec. XX. Não sinto necessidade de me posicionar pela revolução ou pela reacção. Não admiro o Estado Novo nem os primeiros tempos da 'democracia' pós-abrilista. Não tenho qualquer sentimento de gratidão pelos políticos e militares que terminaram ou pressionaram a ditadura; sinceramente, não fizeram mais do que a sua obrigação. Mário Soares é, para mim, uma figura patética, desagradável e apreciador de tiranetes sul-americanos. Ouvir alguém (tentar) argumentar politicamente chamando o 25 de Abril ou a ditadura que o antecedeu é hilariante - porque não é argumento. Eu não sei que eleitorado o PS pretende atingir com estes supostos argumentos, mas de certeza não é o eleitorado abaixo dos trinta e cinco anos; tirando alguns casos de jovens pouco saudáveis, queremos lá saber de passados anti-salazaristas; estamos preocupados com a falta de emprego, com a quantidade crescente de impostos que pagamos, com a segurança social que não vai assegurar pensões quando for a nossa vez de as receber, com um Estado que por tão grande esmaga a iniciativa privada, com a falta de crescimento económico, com a pouca qualidade dos serviços públicos. Tudo estranhamente ausente da camapnha socialista e substituído pelo nojo que consta no primeiro parágrafo.

31 comentários

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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