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Jamais

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24
Set09

Questões de pormenor (2)

Tiago Moreira Ramalho

Ponto prévio: é óbvio que há pessoas que não querem a avaliação. Tirando algumas que defendem essa posição por uma questão de princípio (por defenderem que o exercício de cargos públicos, por definição, não deve ser avaliado – incluindo aqui os deputados, os juízes, os médicos e os próprios membros do governo), estas são as pessoas que justificam a necessidade de uma avaliação séria. Para mim, confesso, a melhor avaliação seria a feita pelo mercado. À falta dessa, tem de se instituir a menos má.
No caso desta avaliação, há um «pecado original» que, mais simplex menos simplex, não foi resolvido: os professores avaliadores (os chamados titulares) foram nomeados com base numa série de critérios (nomeadamente idade e créditos obtidos através do exercício de cargos como direcções de turma, assentos nos órgãos de gestão das escolas, etc.), ficando a faltar o mais importante: a qualidade da leccionação e os seus conhecimentos técnico-científicos. É verdade, caro leitor: em Portugal os professores avaliadores das performances dos seus colegas não viram as suas próprias performances avaliadas. Isto é, um péssimo professor (no sentido «normal» do termo: professor que ensina mal, cujos alunos não apreendem matéria importante) pode estar capacitado para avaliar outros. Curioso, não é. Mas aguardem, que isto é apenas uma das pérolas dos grandes avanços reformistas na Educação.
 

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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