Hipotecar o futuro das novas gerações
Uma dos problemas mais graves de Portugal é o endividamento excessivo. Todos os diagnósticos apontam neste sentido. O próximo governo terá a missão de contrariar esta situação, ajudando a construir um futuro sustentado. Se o nível da dívida continuar a subir ao ritmo dos últimos anos, estamos a colocar em causa toda uma geração que ainda não tem sequer voto na matéria.
Hoje Portugal deve ao exterior 100% do seu PIB, e isso não é sustentável. Num documento do Instituto Francisco Sá Carneiro, defende-se que a mesma desça 5 por cento ao ano até 2020, com um ritmo médio de 0,5 por cento ao ano. A meta pode não ser esta, nem os números os mesmos. Mas parece-me que para tornar o país viável, algo que terá feito a este nível.
É também neste contexto que se afigura fundamental equacionar quais os investimentos públicos que devem ser feitos a breve prazo. Será que o TGV é essencial para o país? Lisboa necessita já de um novo aeroporto? A terceira auto-estrada Porto-Lisboa é mesmo precisa para o nosso desenvolvimento? Estas são questões que dividem o PSD e o PS, e nesta próxima campanha eleitoral devem de ser amplamente discutidas.