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Jamais

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29
Ago09

O mar de rosas

Paulo Tunhas

Acabei de ver Sócrates a discursar para jovens do Partido Socialista não fixei onde. Sem ofensa, aquilo parecia uma navegação na pura irrealidade. O contacto com o mundo empírico dissolveu-se completamente. Aparentemente está tudo óptimo, tirando uma coisa ou outra, obviamente culpa dos pessimistas, que, como toda a gente sabe, são dotados de poderes malfazejos extraordinários. O que é fantástico é que, mesmo tratando-se de um comício para os seus (embora longamente transmitido pelas televisões), Sócrates não tenha por uma só vez referido a encrenca em que estamos metidos. Nem lhe passou pela cabeça, percebia-se. E acabou a fazer propaganda a grupos rock. António José Teixeira, que comentou, também achou a coisa estranha, e falou, salvo erro, do discurso do mar de rosas. A campanha eleitoral propriamente dita ainda não começou, e o primeiro-ministro já está assim. É de temer o que vem a seguir, sem dúvida. Mas a verdadeira questão é: quem é que ele, com isto, julga que vai convencer?

3 comentários

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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