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Jamais

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31
Jul09

Ainda o senhor Olim

Tiago Moreira Ramalho

A Sofia Loureiro dos Santos escreveu uma grande posta sobre o senhor Olim e sobre as suas ideias para o Instituto Português do Sangue.

Como é óbvio, e ao contrário do João Galamba, que nesta matéria está coberto de razão; a Sofia está do lado do senhor Olim. Os meninos que brincam com os outros meninos não podem dar sangue. Para isto apoia-se naquilo que algumas instituições estrangeiras dizem. Apoia-se, por exemplo, nas regras americanas (a América é conhecida por tratar bem os homossexuais, por isso há-de ser uma boa referência) que impedem um homem que tenha tido sexo com outro homem uma única vez nos últimos trinta anos de dar sangue. Repito, que isto mete medo: um homem que tenha tido sexo com outro homem nos últimos trinta anos não pode dar sangue. E a Sofia acha bem (pelo menos não acha mal e até usa aquilo para sustentar a sua ideia). Não vem escrito se é usado ou não preservativo. Nem interessa. É que está cientificamente provado que um homem que use preservativo, quando faz sexo com outro homem apanha tudo. Até engravida, vejam só.
O que mais me aborrece em tudo isto é que pessoas inteligentes como a Sofia se prestam ao trabalho de estar a defender o indefensável. O que tem de ser posto de parte nas transfusões de sangue não são grupos de risco, mas sim comportamentos de risco.
De qualquer modo, e já que estamos a falar do senhor Olim, transcrevo aqui uma consideração do mesmo sobre o carácter dos homossexuais (sim, os homossexuais têm um carácter comum): Mas há uma diferença [entre os heterossexuais e os homossexuais que são eliminados]. Estes são eliminados e aceitam, os homossexuais não. E dizem que é discriminação."
31
Jul09

Subscrevo tudinho

José Gomes André

Vasco Lobo Xavier, no Mar Salgado: "O INSULTO: Apresentar este cheque-poupança-futuro de 200 euros como um incentivo à natalidade é um insulto a todos os pais e todas as mães que sabem, ao contrário deste governo socialista, o que custa e quanto custa ter e educar um filho.

A MAGNA QUESTÃO: O problema já nem é saber em quem confiamos as nossas poupanças para os próximos quatro anos, é saber para onde foram as nossas poupanças nos últimos quatro anos.
O PORQUÊ DE TANTA PROMESSA SOCIALISTA: O facto do Partido Socialista andar a distribuir promessas para os próximos quatro anos evidencia que não tem obra dos últimos quatro anos para apregoar. Se tivesse, não vinha com mais promessas."

31
Jul09

Venha lá a regionalização, não é?

Maria João Marques

O programa eleitoral do PS vem propor a regionalização, algo, por acaso, já rejeitado em referendo pelos eleitores e que num país pequeno (que gosta de complicar, é certo) se vê que levaria a mais níveis burocráticos, mais entraves às iniciativas individuais, a mais licenças necessárias e respectivas taxas, a mais funcionários públicos, enfim, a um Estado maior e financiado com mais impostos. Esta proposta do PS tem particular pertinência no momento em que o Tribunal Constitucional vem reconhecer que as objecções do Presidente da República estavam correctas e que o Estatuto dos Açores contém várias inconstitucionalidades. À parte as consequências políticas de minguar ainda mais a força de um governo que fez frente ao PR - de forma particularmente gratuita e ostensiva - e perdeu, valia a pena reflectir sobre o que a novela 'estatuto dos Açores' augura para uma futura regionalização.

 

A Madeira e Alberto João Jardim costumam ser apontados como handicaps da defesa da regionalização, pelo estilo histriónico, pelas faltas de educação, pelo despesismo, pela constante chantagem financeira sobre os vários governos. O que a aprovação do Estatuto dos Açores - aprovado primeiro por todos os partidos e, na segunda volta, por PS, PCP, BE, CDS e alguns deputados do PSD - mostra é que não é o estilo arruaceiro, mas eficaz, de Jardim que prejudicam a defesa da regionalização, ofuscando a nobreza deste desígnio nacional; pelo contrário: é a regionalização que leva a que os líderes regionais, flamboyants como Jardim ou opacos como Carlos César, tenham excessivo poder de influência a nível nacional e obtenham legislação que defenda as suas regiões em deterimento do interesse geral ou financiamentos que não obteriam se não brandissem uma região, neste caso autónoma. Eu não quero a política nacional ao sabor de caciques locais, a la Jardim ou César, que os governates nacionais e os deputados à AR não queiram e não consigam contrariar, temendo vinganças posteriores.

 

Também n´O Insurgente.

30
Jul09

Com o PS, é mais cheques sem cobertura

Rodrigo Adão da Fonseca

Os socialistas têm explorado recorrentemente a ideia que o PSD anda a pedir aos portugueses um "cheque em branco", numa tentativa desesperada de esconder aquilo que verdadeiramente está em causa nas próximas eleições: uma avaliação das responsabilidades políticas de cada um dos partidos na má performance de Portugal no ciclo pós-cavaquista.

 

Usando a metáfora do cheque, tão do agrado de José Sócrates e do seu Ministro da Propaganda, é caso para relembrar o actual PS que estão na cabeça da lista negra dos cheques carecas das promessas não cumpridas. Até ao dia 27 de Setembro, o Jamais cá estará para fazer, com o "Cobrador do Facto", as cobranças devidas.

 

30
Jul09

Vídeo da semana II - Manuela Ferreira Leite

Jamais

 

Uma das estratégias da campanha socialista tem sido acusar o PSD de não ter propostas para o país. O Jamais apresenta aqui um vídeo original (não temos dinheiro para contratar a equipa do Obama, mas faz-se o que se pode no sótão lá de casa...), com um resumo das ideias de Manuela Ferreira Leite, apresentadas ontem numa conferência organizada pelo Diário Económico. Aqui fica o registo de algumas dessas ideias alternativas às políticas do Governo de José Sócrates, levadas à prática nos últimos quatro anos e meio.

 

 

30
Jul09

A visão "socrática" da Escola (1)

Carlos Botelho

 

Há qualquer coisa de tremendamente errado quando um primeiro-ministro se orgulha de deixar uma Escola com, citando-o, 'menos professores, mais alunos e maior sucesso'. (Como aqui e aqui.) Só alguém que não pensa nada sobre a Escola e não sabe do que fala pode dizer uma coisa daquelas. Aquela resplandecente trindade nunca pode ser o fito de uma política escolar. Para além de ser apenas um estribilho vazio que nada diz (como Sócrates gosta), é uma pretensa descrição que passa completamente ao largo do que deve ser a Escola. Aquele entusiasmo despropositado do primeiro-ministro corresponde ao sonho de um burocrata louco.

 

É arrepiante pensar que alguém que parece não ter uma única ideia sobre a Escola 'se tenha empenhado pessoalmente' nas medidas do ministério da Educação e que algumas destas 'lhe sejam muito caras', como disse a ministra ao Diário de Notícias do dia 26. [Afirmações publicadas apenas na edição em papel.] Este acompanhamento tão próximo ajuda a explicar tanto disparate e tanta crispação inútil que foram perpetrados na Escola ao longo destes quatro anos.

 

'Menos professores'. É verdade que a Escola não existe para empregar professores ou candidatos a tal. Ela existe para os alunos - não alunos inertes e passivos como Sócrates/Lurdes Rodrigues os concebem, mas alunos com autonomia responsabilizante na sua própria emancipação. (E, para isso, a Escola deveria ser um meio fundamental - este governo, precisamente, degradou essa "função" da Escola.) No entanto, por si só, "ter menos (ou "ter mais") professores" nunca pode ser um objectivo. Primeiro, há que pensar que papel deve ser o do professor na Escola (e, pressuposto a isso, saber-se o que se pretende que a Escola seja). Só depois se determina, de acordo com as necessidades estabelecidas, se há docentes "a mais" ou "a menos". (E mesmo esta formulação resulta ridícula.) Dizer-se que há professores "a mais" ou "a menos" é o mesmo que não dizer nada. É que não é um dado natural haver "a mais" ou "a menos" - essa apreciação quantitativa depende da fixação das necessidades de recursos humanos do sistema e elas são fixadas politicamente. Há sempre uma opção política prévia a essas considerações. Estamos perante posições políticas e não dados "técnicos" incontornáveis.

 

135 000 docentes é, à primeira vista, um número impressionante. Mas, se pensarmos que estão divididos por doze anos de escolaridade, por dezenas de disciplinas e por um milhão e quinhentos mil alunos (número daqui), isto é, se não olharmos para '135 000' em abstracto, como o primeiro-ministro faz, as coisas não parecem já tão simples. São "muitos" ou são "poucos"?

 

Teoricamente, podemos sempre conceber ("socraticamente") um sistema escolar público ainda com menos docentes (porque não 100 000, 80 000?), ainda com mais alunos e ainda com mais sucesso.  Por exemplo, reduzindo drasticamente o número de disciplinas (aplicando a falácia das "competências horizontais", com um mesmo docente leccionando disciplinas diversas consideradas afins pelos "pensadores" de serviço) ou determinando o aumento do número mínimo de alunos por turma. Para o patriótico desiderato do "sucesso", bastaria reforçar toda uma bateria de processos burocráticos e mecanismos avaliativos que induzem, que encorajam artificialmente o "sucesso" nas classificações. É possível? Claro que sim. Uma autêntica "utopia prometida" que poria Sócrates/Lurdes Rodrigues/Valter Lemos com os olhos em alvo. Mas... estaria salvaguardada a qualidade dessa Escola?... E ainda seria verdadeiramente uma Escola?... Muita gente se parece ter esquecido (o governo e também os seus aliados objectivos à direita, incapazes de verem objectos à distância) que a preocupação fundamental, aquilo que nunca se deve perder de vista numa política de ensino da república é a qualidade da Escola - isso, que não exclui de todo a boa gestão dos recursos (que são escassos), tem de estar assegurado.

 

A tendência nociva já vem de trás, mas graças a estes quatro anos de governação Sócrates (uma governação que não pensa nem ), a Escola portuguesa tornou-se inóspita para aqueles que poderiam ser bons alunos. Esta Escola "socrática" não os deixa. Sufoca-os desde os primeiros anos e vai fazendo-os vegetar na mediocridade ao longo do percurso. Todos os sinais são dados para que os rapazes e as raparigas, desde o início, não vejam o esforço como meritório. E não têm outra Escola que os reconheça. Gradualmente, ir-se-ão submetendo à rasoira. No fim, lá estará o "sucesso" "socrático" garantido.

 

'Mais alunos'...

'Maior sucesso'...

 

(Continua.)

30
Jul09

Cargos de responsabilidade politica

Nuno Gouveia

O debate politico sobre a Administração Pública tem sido contaminado pela troca de acusações, entre os vários partidos, sobre a utilização de lugares da AP. Ainda esta semana tem sido referida a potencial oferta do PS a Joana Amaral Dias de um alto cargo na AP, e  várias têm surgido polémicas sobre os “boys” partidários, que ocupam cargos nos diversos organismos. Este fenómeno sucede porque a situação não é transparente. Em Portugal não é claro para os cidadãos quais os lugares de confiança politica, que devem ser ocupados por pessoas escolhidas pelos governantes, e os cargos de gestão da AP, que devem ser exercidos pelos mais competentes, independentemente da cor politica ou filiação ideológica.

 

Os Estados Unidos são, nesta matéria, um bom exemplo a seguir. Quando muda a Administração, milhares de cargos de nomeação directa mudam de dono. Ainda recentemente vimos isso a acontecer com Barack Obama.

 

Portugal tinha tudo a ganhar que se definisse, de uma vez por todas, esta situação. A publicação de uma lista destes cargos todos, sem subterfúgios e de forma transparente, seria um passo nesse sentido. Desse modo, o partido que ocupasse o governo teria toda a legitimidade para preencher esses lugares. Fosse por concurso ou por nomeação directa. Depois de definir quais os cargos de nomeação governamental, fossem eles de assessores, directores políticos ou presidentes de institutos, seria importante deixar os restantes cargos de fora das cúpulas partidárias. E aí sim, deveria haver concursos públicos rigorosos, sem o recurso a situações manhosas, como muitas vezes acontece pelo país fora.

 

A moralização da vida politica também passa pela sua transparência. Uma democracia não deve estar de costas voltadas para os cidadãos, e estes devem conhecer os processos em que são escolhidos os seus funcionários.

 

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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