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Jamais

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25
Set09

Virtudes públicas, vícios privados (II)

Rodrigo Adão da Fonseca

O PS e o Carlos Santos andaram a campanha toda a argumentar que o PSD queria "destruir" o SNS. Hoje, é lê-lo feliz e contente a defender o "cheque-dentista", que leva a que as crianças possam, com financiamento estatal, ter acesso a tratamentos em clínicas privadas.

 

O PSD, no seu programa para a Saúde, advoga que o país deve, em condições de igualdade de acesso, aproveitar a capacidade instalada - stock de competências e infraestruturas - nos sectores públicos, privado e social. Defende a liberdade de escolha, que na maioria das situações vai beneficiar sobretudo as unidades públicas mais competitivas. As propostas do PSD salvaguardam a oferta pública, mas sem nunca esquecer aquilo que é a prerrogativa constitucional, que se preocupa, não com o prestador, mas com o cidadão, o utente. Tudo isto, porém, para o Carlos Santos e para o PS, é crime de lesa-magestade. Já defender o financiamento público de tratamentos exclusivamente privados - criticando aquilo que o BE assume (em coerência, diga-se, de integração dos dentistas no SNS) - aproveitando a rede dentista existente - indo muito além daquilo que o PSD defende - faz todo o sentido.

 

A incoerência é total. Credibilidade, 0. É triste ver como há quem consiga argumentar tudo e o seu contrário, em função das conveniências.

1 comentário

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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