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Jul09
Ainda o senhor Olim
Tiago Moreira Ramalho
A Sofia Loureiro dos Santos escreveu uma grande posta sobre o senhor Olim e sobre as suas ideias para o Instituto Português do Sangue.
Como é óbvio, e ao contrário do João Galamba, que nesta matéria está coberto de razão; a Sofia está do lado do senhor Olim. Os meninos que brincam com os outros meninos não podem dar sangue. Para isto apoia-se naquilo que algumas instituições estrangeiras dizem. Apoia-se, por exemplo, nas regras americanas (a América é conhecida por tratar bem os homossexuais, por isso há-de ser uma boa referência) que impedem um homem que tenha tido sexo com outro homem uma única vez nos últimos trinta anos de dar sangue. Repito, que isto mete medo: um homem que tenha tido sexo com outro homem nos últimos trinta anos não pode dar sangue. E a Sofia acha bem (pelo menos não acha mal e até usa aquilo para sustentar a sua ideia). Não vem escrito se é usado ou não preservativo. Nem interessa. É que está cientificamente provado que um homem que use preservativo, quando faz sexo com outro homem apanha tudo. Até engravida, vejam só.
O que mais me aborrece em tudo isto é que pessoas inteligentes como a Sofia se prestam ao trabalho de estar a defender o indefensável. O que tem de ser posto de parte nas transfusões de sangue não são grupos de risco, mas sim comportamentos de risco.
De qualquer modo, e já que estamos a falar do senhor Olim, transcrevo aqui uma consideração do mesmo sobre o carácter dos homossexuais (sim, os homossexuais têm um carácter comum): Mas há uma diferença [entre os heterossexuais e os homossexuais que são eliminados]. Estes são eliminados e aceitam, os homossexuais não. E dizem que é discriminação."