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Jamais

Jamais

02
Ago09

Do debate democrático

Tiago Moreira Ramalho

Faz-me imensa comichão quando algumas pessoas colocam as suas convicções no campo do óbvio, do irrefutável, do inegável. É que o seguimento natural deste comportamento é simplesmente desrespeitar das formas mais extraordinárias as convicções alheias. Hugo Costa mostra que é desse tipo de gente num pequenino post que é apenas um título de um vídeo, por acaso sobre o aborto.

O Hugo Costa certamente acha o aborto uma coisa extraordinária. Eu li num blogue de apoio ao sim da altura que o resultado do referendo nos veio tirar do obscurantismo. Achei profundo. Profundamente estúpido. Não interessa que o aborto seja um problema ético que não é alvo de consenso em parte alguma do mundo, nem nos meios académicos mais avançados. Não interessa que outros possam ter convicções pessoais, exercendo o seu direito à livre expressão. Não. Nada disso interessa. Só interessa a politicazinha baixa, rasteira, nojenta. Só interessa o soundbyte e insinuar que o adversário é um retrógrado por oposição aos frescos e airosos modernaços. É triste o estado em que isto está.

5 comentários

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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