Bandeiras
Houve uma época - feliz, porventura - em que Miguel Vale de Almeida escrevia umas crónicas no Público. Lia as ditas com agrado. Depois, anos volvidos sobre isso, o Miguel decidiu começar a agitar uma bandeira. Com toda a legitimidade, aliás. Primeiro agitou-a com o Bloco. Agora decidiu agitá-la com o eng. º Sócrates. Não percebeu que é o eng.º Sócrates quem o agita a ele como bandeira. É uma quota como outra qualquer. Inês de Medeiros, por exemplo. Uma boa actriz faz uma boa deputada (embora o lado histriónico ajude) ou o partido precisa de flores na lapela para cumprir a lei e mostrar-se "culto", uma área totalmente rasurada em quatro anos de poder absoluto? Miguel e Inês vão nas listas do PS, não por eles, mas porque sim. Não são apenas mais dois candidatos. São bandeiras.