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Jamais

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13
Ago09

Oeiras como exemplo para o país

Nuno Gouveia

As próximas eleições autárquicas de Oeiras serão um duro teste para o eleitorado deste concelho, um dos mais evoluídos do país, segundo dizem. Como em Gondomar e Felgueiras, autarcas condenados por crimes cometidos no exercício das suas funções vão a votos. Um país que tanto se queixa da corrupção, terá nestes três concelhos uma oportunidade para responder nas urnas a essas decisões da justiça. E, espero eu, punir eleitoralmente este tipo de comportamentos perversos para a democracia.

 

Oeiras será, talvez, o caso mais emblemático, pois tem um presidente condenado a pena de prisão  efectiva de sete anos. Num outro país, não restaria outra hipótese a Isaltino Morais  que não a retirada da candidatura. Mas o autarca vai novamente a votos, e deseja que lhe seja reconhecida nas urnas uma caução para os actos ilegais que cometeu, conforme ficou provado em tribunal.

 

Há quatro anos, Isaltino Morais venceu as eleições com apenas 4 por cento de vantagem sobre o PSD, mas até cheguei a temer que este ano seria um verdadeiro passeio para o autarca condenado. Em primeiro lugar porque o Partido Socialista escolheu um candidato de segunda linha, vindo directamente do aparelho socialista, e depois, porque o nome que se afigurava do PSD era um mero desconhecido.

 

Mas o PSD e CDS conseguiram surpreender e apresentaram uma candidatura muito forte, com Isabel Meirelles a liderar a coligação. Há vários anos que sigo com atenção o percurso da candidata, como especialista em assuntos europeus, e considero que dificilmente poderiam ter escolhido melhor para Oeiras. Alguém que vem de fora do sistema politico, cuja notoriedade foi conquistada na vida privada. E nestes tempos em que muitos apelam a uma regeneração da classe politica, esta candidatura representa uma verdadeira lufada de ar fresco. Se Isabel Meirelles conseguir vencer, a vida pública ganhará certamente uma grande autarca, e o país poderá respirar um bocadinho melhor com a derrota de Isaltino Morais.  

 

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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