Princípio, meio e fim
Primeiro, um ministro que já não o é anunciou o fim da crise. Meses depois, outro ministro que ainda o é e ficou com os pelouros do que já não é declarou o princípio do fim da crise não sem ter ficado abespinhado quando tentaram interpretar as suas palavras como sendo o anúncio do fim da crise (Inconcebível ideia dizer tal coisa, que irresponsabilidade!).
Agora, vem o primeiro-ministro novamente anunciar o princípio do fim da crise como se a frase lhe tivesse ocorrido pela primeira vez numa qualquer epifania, ecoando as palavras do ministro.
Sucede que quem trabalha e faz parte da economia real, não se deixando drunfar pela onírica nação prozac em que este Governo estabeleceu a sua residência oficial, sabe bem que estamos longe do princípio do meio do fim da crise. A não ser, claro está, que assistamos ao fim deste Governo. Aí sim, será o princípio de qualquer coisa que se aproxime.