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Jamais

Jamais

25
Set09

Para que pior não venha

Paulo Tunhas

Enquanto, de acordo com as absurdas regras vigentes, se pode ainda dizer alguma coisa em matéria de campanha eleitoral, há uma que vale indiscutivelmente a pena dizer. Este governo foi o mais assaltante, o mais roubador, em matéria de liberdade de expressão que a democracia conheceu, passadas as atribulações iniciais. Isto, em si, diz tudo. O caso do fim do jornal das sextas da TVI é um exemplo perfeito de um cinismo político que, aparentemente, seduz alguma gente. O resto que possa ser dito, por via de blogues de assessores ou de apóstolos democráticos, é uma treta. Foi assim, não há volta a dar-lhe. E resta esperar que muita gente perceba, para além de tudo o resto, isto. Que é essencial. Para que pior não venha.

25
Set09

Um voto diferente

Manuel Pinheiro

Para efeitos de voto sempre foram decisivas as diferenças políticas entre os dois maiores partidos portugueses. Com maior ou menor esforço, mais episódio ou menos episódio, é sempre possível (para quem estiver interessado) passar por cima da barragem mediática e perceber as diferenças. O problema é o esforço adicional que tem de ser feito no caso de Sócrates. Será eventualmente um problema meu, mas em vésperas de eleições ainda me é difícil resignar à ideia de alguém ponderar votar num candidato como este Sócrates de todos os casos e suspeitas sobre a sua vida pessoal e política. Claro que na inexistência destes existe uma longa lista de imperiosas razões para não votar nos socialistas, mas são razões políticas no sentido generoso do termo, e foram estas que fizeram a diferença entre votar ou não em diversos candidatos socialistas como Constâncio, Sampaio ou Guterres. Com Sócrates o caso é diferente. É um imperativo cívico não eleger Sócrates como o é não eleger qualquer candidato a Primeiro Ministro em circunstâncias semelhantes. O nosso pulsar latino americano não pode ir tão longe. 

25
Set09

Pela mudança de governo

Nuno Gouveia

No domingo o país irá escolher o próximo Governo. Se os portugueses estão contentes com o actual rumo, José Sócrates será reconduzido no cargo. Se considerarem que é preciso outro caminho, Manuela Ferreira Leite será a próxima líder do Governo. Estas são as duas grandes opções em cima da mesa. Com a situação dramática que o país vive, espero que o PSD ganhe as eleições. Como escreveu Vasco Graça Moura, é um imperativo patriótico derrotar José Sócrates. 

25
Set09

Nova partida

M. Isabel Goulão

 

 

 

Nesta parte da troço ferroviário, avança lentamente o comboio da fotografia, para mais tarde, já com linhas mais modernas, adquirir velocidade. Neste troço, as linhas são já antiquadas, mas têm vindo a cumprir o seu papel. É verdade que o betão novo é mais rápido, mas  faz mais estragos e até consta que vem aí mais do mesmo, com o pomposo  nome de grandes investimentos.

Num trajecto sinuoso junto ao rio, o comboio vai servindo pequenas estações e apeadeiros daquele interior que tão poucos conhecem. Para muitos, nem só os mais idosos, é o único meio de transporte que os une à capital, onde está quem lhes coordena os horários, os percursos e lhes regulamenta a vida.

Num país de escassos recursos mas muito deslumbramento, onde o a discussão sobre o CO2 é para académicos, em que as médias das velocidades rodoviárias são motivo de orgulho e a prática da cidadania é incipiente, este antigo meio de transporte (colectivo, cómodo, limpo) que serve todo o país tem sido ingloriamente esquecido e pouco valorizadas as suas linhas regionais.  Bem sei que os apeadeiros servem pouca gente, mas este post era sobre o quê, afinal? Velocidade não é certamente e a modernidade não é assim.

25
Set09

"Politólogos"

Paulo Tunhas

Estou a ver agora na televisão um conjunto de "politólogos". Explicam, sem qualquer reticência no exercício, o falhanço da estratégia mediática de Manuela Ferreira Leite. É impressão minha ou os "politólogos" reproduziram-se imenso nos últimos tempos? Os media andam cheios deles. O que é que são? Filósofos políticos "técnicos"? Pelo menos, uma coisa vê-se: são "socráticos". Os padrões pelos quais aferem a virtude política não enganam. Que pobre coisa. E, a julgar pela maneira de pensar, são bem capazes de estarem errados. Deus queira.

25
Set09

Fora campanha

Tiago Moreira Ramalho

Só preciso de escrever uma coisa que não escrevi: por muito limitado em temas e qualidade que o debate jamais vs. simplex possa ter sido, é um pouco desagradável que o único sumo que tenham conseguido retirar tenha sido uma espécie de discussão completamente inócua acerca de resultados pós-eleitorais. É que a adivinhação ainda não tem um papel assim tão preponderante na política nacional. Ainda.

25
Set09

PSD

Maria João Marques

Vou votar num partido que vê o nosso futuro feito pela capacidade individual e não pela omnipresença do Estado. Vou votar num partido que pretende aliviar as PMEs, de forma a criar emprego, e não investir em obras públicas de necessidade duvidosa que hipotecarão gerações futuras e dificultarão a vida às famílias e PMEs (que ficam com crédito mais caro). Vou votar num partido que percebe que não há margem para aumentar impostos e que estes devem ser reduzidos logo que houver folga. Vou votar num partido que sabe que consolidação orçamental só existe com redução de despesa pública. Vou votar num partido que soube conviver durante os anos de Cavaco Silva com O Independente, o jornal mais hostil que já tivemos em Portugal, e não num governo que tudo fez para condicionar os jornalistas. Vou votar num partido que não pretende controlar empresas, funcionários públicos, jornais, sindicatos, juízes, punindo os críticos e recompensando os respeitosos. Vou votar numa líder que não faz promessas para ouvir a própria voz e que não pretende cumprir. Que é tão segura de si própria que se apresenta aos eleitores sem representar. Que vê e entende a realidade e sabe que políticas são possíveis e adequadas. Que tem um percurso marcado pela seriedade. Que não receia ser impopular mas não necessita afrontar classes profissionais para ganhar estatuto de determinada. Que não aprecia o dirigismo estatista. Que me quer dar alguma liberdade nos serviços públicos. Que me vai dispensar, e aos meus filhos, de pagar o despesismo socialista.

 

Uma senhora de confiança.

25
Set09

Os "defeitos" de Manuela Ferreira Leite

Miguel Reis Cunha

Tenho me deparado com muitas pessoas que se encontram ainda indecisas sobre  o sentido do seu voto. Uma parte significativa reconhece MFL como uma pessoa séria, rigorosa e competente. No entanto, manifestam alguma hesitação em votar no PSD porque, apesar de lhe reconhecerem méritos, dizem que MFL, em termos de imagem, empatia e forma de comunicação não os atraí. A este propósito já escrevi, aqui, dois posts ("A sedução da fantasia" e "A escolha dos médicos"), mas, acho que vale a pena voltar a reflectir sobre esta aparente importância da questão estética. É que neste dilema, muitos indecisos, embora vejam MFL como uma pessoa capaz, depois acham-na visualmente pouco atractiva. Quanto a Sócrates olham-no como um incompetente, graxista e fala-barato, mas, ao mesmo tempo , vêem-no como um desportista, com boa imagem visual e pleno de jovialidade.

Concordo que hoje em dia, na nossa sociedade, a imagem conta muito. Mas que diabo, se eu quiser um bom professor para os meus filhos, procuro um que seja sexy, graxista e com muita verborreia, apesar de o saber pouco capaz ou, ao invés,  procuro um que sei que é competente, ainda que possa ser esteticamente menos jeitoso ou dê menos "graxa" aos pais ? E para o governo do nosso país, escolho quem? De que serve a imagem e a estética de um político se me leva o país para uma futura bancarrota ? Se o seu governo produz muita e má legislação ? Se sufoca com impostos as PME's e as famílias ?

Acredito que o povo português saberá decidir e que os indecisos, neste domingo, no momento de votarem, a sós, no silêncio da sua consciência, saberão colocar a cruz no PSD. 

  

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Jamais - Advérbio. Nunca mais, outra vez não, epá eles querem voltar. Interjeição muito usada por um povo de dez milhões de habitantes de um certo cantinho europeu, orgulhoso do passado mas apreensivo com o futuro, hospitaleiro mas sem paciência para ser enganado, solidário mas sobrecarregado de impostos, com vontade de trabalhar e meio milhão de desempregados, empreendedor apesar do Estado que lhe leva metade da riqueza, face à perspectiva terrível de mais quatro anos de desgoverno socialista. Pronuncia-se à francesa, acompanhado ou não do vernáculo manguito.

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